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O que é hipotireoidismo e qual sua relação com a infertilidade?

Hipotireoidismo é uma condição caracterizada pela queda na produção dos hormônios T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina), produzidos pela tireoide, glândula reguladora de órgãos e do metabolismo do corpo humano. Pode atingir pessoas de qualquer idade, sexo ou gênero, mas tem prevalência entre mulheres, principalmente na idade adulta, e uma das possíveis consequências é o impacto na fertilidade.

Infertilidade – Os hormônios liberados pela tireoide agem indiretamente nos ovários e são necessários para estimular o desenvolvimento dos óvulos e dos embriões. No caso do hipotireoidismo, os baixos níveis hormonais prejudicam a maturação dos óvulos e interferem no ciclo menstrual.

“Mulheres com hipotireoidismo podem ter dificuldade para engravidar porque a falta dos hormônios da tireoide pode tornar a ovulação – liberação de um óvulo maduro – inexistente ou irregular, acontecendo em um período do ciclo menstrual que não seja favorável à fecundação”, explica a ginecologista e obstetra da Genesis Lorrainy Rabelo.

Além da infertilidade, o hipotireoidismo está relacionado a abortamento e complicações obstétricas e fetais. “Devido ao impacto durante o período pré-concepcional e pré-natal, recomenda-se que pacientes gestantes ou que estão tentando engravidar iniciem o tratamento antes do recomendado para a população em geral, seguindo valores de referência específicos para essa população”, complementa Lorrainy.

Causas e sintomas – A mais comum é a tireoidite de Hashimoto, doença autoimune em que o organismo produz anticorpos que atacam a tireoide. Pode ser causada por fatores genéticos, acomete mais mulheres do que homens e seu predomínio aumenta conforme o avanço da idade.

Os sintomas envolvem uma redução do funcionamento do organismo, como atividade cerebral e a frequência do batimento cardíaco diminuídas, pensamento e reflexos mais lentos, tendência à depressão e à sonolência e retenção de líquidos (o que pode acarretar aumento de peso).

Diagnóstico – Pode ser feito por exame clínico, de sangue e ultrassom. No primeiro, o médico toca o pescoço do paciente para verificar possíveis alterações na tireoide. O teste sanguíneo ajuda a confirmar ou não o diagnóstico porque consegue medir as dosagens de T3 e T4. Como nem sempre os baixos níveis hormonais são perceptíveis logo de início, é importante medir o TSH, o hormônio da hipófise. Se ele estiver muito elevado, pode ser sinal da doença.

Tratamento – É feito por meio de reposição com uma versão sintética dos hormônios da tireoide. “Para reproduzir o funcionamento ideal da glândula, é preciso tomar o remédio todos os dias e a dose vai depender do grau de desequilíbrio. A quantidade deve ser dosada a partir da indicação e do acompanhamento de um médico especialista. Em geral, o tratamento para o hipotireoidismo deve ser feito por toda a vida”, detalha Lorrainy.

Por Gabriela Brito Conversa | Estratégias de Comunicação Integrada