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Inseminação Artificial: uma das técnicas de Reprodução Assistida

Existem algumas técnicas de Reprodução Assistida que podem ser recomendadas por um especialista para pacientes que desejam aumentar a família, dentre elas a Inseminação Artificial. Nossa ginecologista Luciana Segurado respondeu algumas perguntas sobre o tratamento e suas recomendações.

 

1 – O que é Inseminação Artificial?

Dentre a reprodução medicamente assistida, a inseminação artificial (IA) é caracterizada pela deposição de sêmen com concentração de espermatozoides móveis adequada no interior da cavidade uterina por meio de um cateter delicado. O sêmen pode ser proveniente do cônjuge da paciente (IAC – inseminação artificial com sêmen do cônjuge) ou, em situações especiais, de proveniente de doador anônimo de um banco de sêmen (IAD – inseminação artificial com semen de doador). Além disso, é um procedimento de baixo custo e baixo uso de medicamentos indutores da ovulação, ou seja, pode ser uma boa alternativa para casais com incapacidade de manter intercurso sexual regular.

 

2 – Quais são as principais indicações para o procedimento?

As indicações clássicas de IA são:

– Anomalias congênitas do trato genital masculino;
– Disfunções eréteis (psicológicas ou orgânicas);
– Ejaculação retrógrada
– Diminuição da quantidade e da motilidade dos espermatozoides (fator masculino sêmen com alteração leve ou moderada);
– Uso de sêmen criopreservado previamente à vasectomia e tratamentos de radioterapia ou quimioterapia em pacientes portadores de neoplasias;
– Disfunções sexuais femininas (como o vaginismo);
– Ausência de muco ou presença de muco cervical hostil (fator cervical);
– Em casos de casais sorodiscordantes para IST (infecções sexualmente transmissíveis, como Aids ou hepatites);
– Distúrbios da ovulação;
– Infertilidade sem causa aparente;
– Endometriose mínima ou moderada;,
– Uso de sêmen de doador em procedimentos com mulheres com desejo de gestação independente ou em relação homoafetiva;
– Azoospermia irreversível;
– Doenças hereditárias (hemofilia, coréia de Huntington, fibrose cística).

 

3 – Qual é a taxa de sucesso da inseminação artificial?

A taxa de gravidez gira em torno de 12 a 20% por tentativa após estimulação ovariana, à depender da indicação. Após o quarto ciclo, sua eficácia se reduz significativamente e por isso deve-se atentar para a idade e tempo de infertilidade no momento da indicação do procedimento.

 

4 – Existem contraindicações?

Sim. Algumas delas são idade avançada da paciente (as chances de gestação diminuem muito após os 40 anos), diagnóstico de endometriose severa ou grave, obstrução tubária bilateral, fator masculino severo, falha de IAC após 3 ou 4 tentativas e infecções ginecológicas agudas.