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Dezembro vermelho: OMS aponta que as IST são responsáveis por 25% das causas de infertilidade 

Dados do Ministério da Saúde apontam que mais de um milhão de pessoas vivem com o HIV hoje no Brasil. A pesquisa do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS indica que aproximadamente 64% dos infectados já sofreram algum tipo de discriminação. Outro dado importante é que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são responsáveis por 25% das causas de infertilidade no mundo.

A ginecologista e especialista em reprodução humana do Centro de Assistência em Reprodução Humana – Genesis, Dra. Maria Eduarda Amaral, diz que um dos perigos das IST é o fato de que parte delas não apresenta sintomas aparentes. São patologias silenciosas. “Muitas pessoas acabam não procurando o tratamento adequado por não saber que estão com alguma IST. Por isso, o quadro se agrava e, por consequência, pode causar a infertilidade da pessoa”, explica. Nesses casos, de acordo com a especialista, poderá ser recomendado o uso das técnicas de reprodução assistida para realizar o sonho de ter filhos.

No caso dos homens, as IST podem prejudicar o funcionamento da uretra, próstata e epidídimo. Por consequência, a qualidade do sêmen é afetada. Já no caso das mulheres, a região afetada é a da tuba uterina, caminho que os espermatozoides percorrem para fecundar o óvulo. 

No que tange às pessoas portadoras do vírus HIV, a Dra Maria Eduarda garante que a patologia em si não causa infertilidade. Entretanto, o vírus pode ser transmitido para o feto. Para diminuir esse risco, é essencial o uso adequado da terapia antirretroviral, de modo a manter a carga viral indetectável. “Outras doenças que podem afetar a infertilidade, direta ou indiretamente, são a sífilis, clamídia e tricomoníase”, expõe.

Prevenção – A ginecologista chama a atenção para o fato de que o uso de preservativos é a melhor opção para se prevenir das IST. Dados do Ministério da Saúde do ano de 2017 apontam que cerca 60% dos brasileiros não utilizam preservativos durante as relações sexuais.

Além disso, a Dra. Maria Eduarda recomenda que as pessoas que têm a intenção de ter filhos realizem exames de triagem para gonorreia, clamídia, sífilis, hepatite, HIV e outras. “Mesmo que a pessoa não esteja tendo sinais e sintomas. Algumas dessas doenças são assintomáticas, porém, ainda assim transmissíveis”, conclui.

Dezembro Vermelho – O dezembro vermelho tem o objetivo de alertar a população sobre as formas de contágio do vírus HIV e também sobre a prevenção e tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis, além de abordar as suas implicações na saúde, fertilidade e estilo de vida. A campanha também reforça a luta pelo fim do preconceito contra os portadores do vírus e das pessoas que desenvolveram a AIDS.