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Saiba o que é mioma uterino e a sua relação com a infertilidade

O mioma uterino era um problema comum para mulheres na faixa dos 40 anos, porém, ele também tem afetado as populações cada vez mais jovens. Trata-se de um tipo de tumor benigno formado a partir do tecido muscular da parede uterina. De acordo com dados da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), aproximadamente 80% das pessoas do sexo feminino em idade fértil são acometidas pela condição.

Segundo a sócia e médica ginecologista do Centro de Assistência em Reprodução Humana – Genesis, Dra. Hitomi Miura Nakagawa, desde fatores como a genética e hormônios, incluindo ambientais podem tornar a doença mais frequente. “O mioma é formado a partir de uma célula modificada. Ela perde a sua capacidade de controle de divisão celular e começa a crescer. Possui receptores hormonais, para estrogênio e progesterona, e, isso induz o crescimento desordenado com formação dos nódulos”, esclarece.

Os dados científicos evidenciam que não há uma relação direta entre a presença do mioma e a infertilidade. Entretanto, o tamanho e localização dos nódulos podem dificultar uma eventual gravidez. “Há tipos de miomas que não interferem na saúde feminina. Mas também vemos casos de miomas gigantes. Esses, geralmente, têm mais de cinco centímetros e podem afetar a vascularização local. Os que deformam a cavidade uterina podem ocasionar abortos de repetição pelo fato de ocupar o mesmo espaço que o saco gestacional em crescimento ou impedir a implantação adequada do embrião”, esclarece a médica da Genesis.  

De acordo com ela,  os miomas uterinos apresentam uma coloração esbranquiçada e são mais compactos e endurecidos em relação à musculatura habitual do útero. “O acompanhamento profissional é muito importante por orientar se há necessidade de intervenção ou a melhor forma de tratamento para cada contexto. É necessário que o profissional identifique as características do mioma para saber se ele pode ser prejudicial ou não”, comenta.

A Dra Hitomi também reforça que fatores como hereditariedade e hábitos de vida podem ter influência no aparecimento dos miomas. “Consumo excessivo ou convívio em ambientes com poluentes, obesidade, uso de hormônios sem acompanhamento adequado, entre outros fatores, também fazem a diferença”, afirma.

Tratamentos – O tratamento do mioma pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas de cada paciente. Se não houver sintomas, o acompanhamento do ginecologista será suficiente. Porém, com sintomas graves, como hemorragia, poderá ser necessária uma intervenção cirúrgica com extração do(s) nódulo(s) nas mulheres com desejo reprodutivo. Se a mulher não deseja engravidar, pode ser recomendado o uso de medicamentos para alívio de sintomas de dor e/ou sangramento e no outro extremo, a retirada do útero.

Sintomas da doença – Conheça os  principais sintomas que podem indicar a presença do mioma uterino:

  • Sangramento irregular ou aumentado durante a menstruação;
  • Cólicas;
  • Dores no baixo ventre;
  • Aumento do volume abdominal;
  • Dores durante o ato sexual;
  • Prisão de ventre;
  • Incontinência urinária.