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Dezembro Vermelho: Reprodução Assistida minimiza riscos de transmissão do HIV ao parceiro e ao bebê

O mês de dezembro marca a Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis, também conhecida como “Dezembro Vermelho”. Dados do Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2021, divulgados pelo Ministério da Saúde, indicaram 8.323 novos casos de gestantes com o vírus no Brasil.

De acordo com o órgão, cerca de 135 mil pessoas vivem com HIV no Brasil sem saber. A maioria delas está em idade reprodutiva, tornando o contágio não só um problema de saúde pública, mas também um alerta para todas as pessoas que têm o sonho de construir uma família. 

De acordo com a embriologista e chefe do Laboratório de Reprodução Assistida da Genesis, Íris Cabral, atualmente existem medicações que tornam o vírus indetectável e permitem que pessoas que vivem com o HIV levem uma vida normal, desde que façam o tratamento por toda a vida. Portanto, é imprescindível se cuidar.

“É importante destacar que as pessoas com carga viral indetectável não transmitem a doença. Nesses casos, o infectologista pode autorizar a manutenção de relações sexuais sem preservativos na busca por uma gestação natural”, explica a profissional.

Entretanto, quando a gestação natural não é alcançada, algumas alternativas oferecidas pela Reprodução Assistida podem ser eficazes. Inicialmente, o acompanhamento com um infectologista torna o manejo dos gametas mais seguro. 

“Ao chegar na clínica de reprodução assistida com exame positivo, é necessário que um infectologista ateste que a contagem viral está muito baixa ou indetectável, reduzindo o risco de infecção”, detalha.

A embriologista Íris Cabral também deu dicas de como planejar os procedimentos sem riscos de contágio. “No caso dos homens, é necessário levar o sêmem em laboratório. Em seguida, separa-se o líquido seminal para que fique apenas com a alíquota de células espermáticas. A partir desse processo, é possível retirar o vírus e filtrar uma parte de sêmem limpo. Não há relatos na literatura de transmissão do vírus HIV por sêmen lavado”, comenta.

Durante o parto, o Ministério da Saúde define protocolos específicos para evitar contaminação entre mãe e bebê. Além disso, há ainda restrição da amamentação por conta do risco de transmissão do vírus pelo leite materno.