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Entenda os riscos de ser pai mais velho

Muito se fala nos riscos de engravidar quando a mulher é mais velha – a partir dos 35 anos, a quantidade e qualidade dos óvulos começa a diminuir drasticamente. Além disso, ao contrário dos homens, mulheres têm um estoque finito de óvulos. No entanto, tornar-se pai em idade mais avançada também traz riscos à gravidez e à criança.

Fertilidade masculina – Homens começam a produzir espermatozoides na puberdade – por volta dos 12 anos – e continuam o processo durante o resto da vida. Todavia, à medida que os homens envelhecem, seus gametas gradualmente diminuem em quantidade e qualidade, podendo afetar a fecundação (quando o espermatozoide encontra um óvulo, gameta feminino) e, consequentemente, as chances de ter um bebê. Pais mais velhos podem apresentar maior risco de complicações durante o prénatal, parto e até problemas de saúde da criança como autismo e esquizofrenia.

“Teoricamente, o homem produz espermatozoides independente da idade e pode tentar engravidar a sua parceira naturalmente ou por meio de tratamento. O avanço da idade paterna geralmente está associado a condições como depressão, autismo e esquizofrenia, e não a alterações cromossômicas do embrião, como na maternidade tardia”, explica Natália Paes Barbosa, ginecologista da Genesis – Centro de Assistência em Reprodução Humana.

Riscos – Um estudo conduzido pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e publicado em 2018 na revista médica BMJ, acompanhou mais de 40 milhões de partos entre 2007 e 2016. Os pesquisadores constataram que a idade mais avançada de homens estava associada a maior risco de parto prematuro e baixo peso do bebê ao nascer. Homens acima de 45 anos tinham crianças com 14% mais chance de nascerem prematuras e 18% mais chances de ter convulsões, em comparação com crianças cujos pais tinham entre 25 e 34 anos. A maior idade paterna também foi associada a 34% mais chances de diabetes durante a gravidez.

Já uma metanálise publicada em 2016 analisou 27 estudos sobre a relação entre idade paterna e autismo, e apontou que a cada 10 anos adicionados à idade do pai, há uma probabilidade 21% maior de o bebê nascer com essa condição neurológica que pode afetar a comunicação, interação social e o comportamento.

“Aconselho um acompanhamento periódico e, caso haja alguma alteração clínica ou nos parâmetros seminais, o procedimento de congelamento pode ser indicado para aqueles que desejam ter um bebê no futuro”, complementa Natália.

Possibilidades – Não há como prever todos os planos que desejamos executar, mas, se possível, planejamento familiar é sempre recomendado. Acompanhamento médico para avaliar o sêmen e a saúde geral do paciente também são boas práticas. Em caso de infertilidade comprovada ou algum outro impedimento, o congelamento de espermatozoides pode ser a solução para quem deseja ter um bebê no futuro.

Também chamada de criopreservação, a técnica possibilita o armazenamento de material genético a -196 °C por longos períodos, o que possibilita a viabilidade de uso por tempo indeterminado.

O paciente é orientado a manter uma abstinência de dois ou três dias para coleta. Também é necessário providenciar alguns exames sorológicos exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porque as amostras de espermatozoides ficam armazenadas em tanques de nitrogênio líquido, comuns a vários pacientes. Passa-se então à coleta e, em cerca de 3 horas, ela já estará congelada.

Essas amostras de sêmen congeladas podem ser usadas pelo próprio homem ou por terceiros. A Genesis oferece o que é chamado de banco terapêutico – aquele voltado apenas para o uso do próprio paciente. Casais que necessitam de sêmen de doador (inseminação heteróloga) são encaminhados para bancos de sêmen terceirizados.

Por Gabriela Brito Conversa | Estratégias de Comunicação Integrada