Um estudo publicado na revista Human Reproduction sugere que filhos de mamães com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) correm maiores riscos de desenvolver infecções, alergias e outras doenças quando completam 13 anos. Por se tratar de um estudo observacional, o artigo não prova que SOP causa problemas em crianças, apenas que pode estar associada a eles.
Para chegar a essa conclusão, a pesquisa observou mais de 1 milhão de crianças em Quebec, no Canadá, entre 2006 e 2020. Os pesquisadores descobriram que aquelas cujas mães eram portadoras de SOP tinham 32% mais chances de serem hospitalizadas com uma série de doenças. Essas crianças também eram 31% mais susceptíveis de serem internadas por doenças infecciosas e tinham 47% mais chance de serem internadas por problemas relacionados a alergias, como asma.
O risco de hospitalização era maior para doenças relacionadas ao metabolismo (cerca de 59%), ao intestino (72%), sistema nervoso central (74%) e orelhas (34%), problemas respiratórios, como pneumonia (32%), e problemas comportamentais e mentais (68%).
Uma das pesquisadoras que participaram do estudo acrescenta que fatores genéticos também podem estar envolvidos. Além disso, ela relata que mulheres com SOP podem ter resistência a insulina e androgênio, hormônios que podem estar relacionados a problemas na placenta como inflamação da membrana ao redor do feto.
“Ainda não sabemos ao certo por que filhos de pacientes com SOP têm maior tendência a apresentar doenças. Essas mulheres têm maior risco de apresentar obesidade e diabetes, por exemplo, que estão ligadas a complicações na gravidez e no desenvolvimento do feto. Além do mais, essas pacientes têm maior propensão de desenvolverem doenças cardiovasculares e inflamatórias, e essa herança genética pode ser passada aos filhos”, explica Marina Paes Barbosa, ginecologista da Genesis – Centro de Assistência em Reprodução Humana.
Síndrome dos Ovários Policísticos e fertilidade – A síndrome do ovário policístico (SOP) é o distúrbio endócrino mais comum entre mulheres em idade reprodutiva, sendo responsável por cerca de 80% dos casos de infertilidade anovulatória (quando há ausência de ovulação) e atingindo de 8% a 13% da população estudada, de acordo com critérios diagnósticos utilizados.
Vale ressaltar que, antes de tomar qualquer decisão relacionada à infertilidade ou à sua saúde de forma geral, é fundamental buscar a avaliação de um profissional especializado. A Genesis – Centro de Assistência em Reprodução Humana está preparada para ajudar você nessa condição também.
Por Gabriela Brito Conversa | Estratégias de Comunicação Integrada