Genesis

Search
Close this search box.

Pesquisa aponta que fumar afeta o desenvolvimento do embrião

Um estudo publicado em fevereiro deste ano na revista Human Reproduction aponta que
que fumar antes e depois da concepção pode atrasar o desenvolvimento de crianças geradas naturalmente e mais ainda o daquelas concebidas por fertilização in vitro (FIV) e injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI).

O estudo aponta que fumar antes e depois da concepção está relacionado a atraso no desenvolvimento do embrião, a fetos menores na 20ª semana de gravidez e a crianças nascidas com menos peso.

Os pesquisadores acompanharam 689 mulheres grávidas de apenas um filho entre 2010 e 2018. Descobriram que na 10ª semana de gestação o desenvolvimento do embrião estava atrasado em pelo menos um dia em mulheres que fumavam 10 ou mais cigarros diariamente, em comparação com não-fumantes. Já para as mulheres fumantes que tiveram filhos por fertilização in vitro (FIV) e injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), os embriões tiveram um atraso de desenvolvimento de 1.6 dias.

“Já é sabido que os bebês de fertilização in vitro têm uma tendência maior a nascer com peso menor que o esperado para a idade gestacional e prematuros. Quando associado ao cigarro, esse risco aumenta ainda mais”, aponta Elielma Ferreira, ginecologista que também atua na área de Nutrologia e que trabalha na Genesis – Centro de Assistência em Reprodução Humana.

A pesquisa também apontou que esse atraso do embrião não era recuperado ao longo da gravidez, o que aumentou a probabilidade de os bebês nascerem, em média, com 93 gramas a menos do que aqueles gerados por mães não-fumantes. Este é o primeiro estudo a analisar o impacto do cigarro em mulheres grávidas entre as 14 semanas antes da concepção e as 10 primeiras semanas de gestação.

Tabagismo e fertilidade – Fumar durante a gravidez pode ser nocivo não somente para a mulher como também para o bebê. O feto é exposto a todas as alterações provocadas no metabolismo do corpo da mãe fumante.

“Entre os componentes do cigarro que interferem na gravidez, a nicotina pode reduzir o fluxo sanguíneo para a placenta, enquanto o monóxido de carbono aumenta o risco de diminuição do fluxo de oxigênio no organismo como um todo, podendo magnificar também o risco de hemorragias, descolamento prematuro de placenta e óbito fetal. Então, caso você esteja planejando gestar, o ideal seria tentar parar de fumar antes mesmo de engravidar ou diminuir ao máximo o consumo do cigarro para mitigar os riscos dos problemas citados durante a gestação e o parto”, finaliza Eliema.

Por Gabriela Brito Conversa | Estratégias de Comunicação Integrada