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Como a disfunção sexual feminina se relaciona com o sonho de ter um bebê?

Ter filhos é um sonho para muitos e um desafio para toda a vida. Um fator fundamental para aumentar as chances de uma gravidez de sucesso é a fertilidade, mas esse não deve ser o único aspecto a ser considerado durante a relação sexual: sentir-se à vontade e confortável com a pessoa parceira também são fatores relevantes para que a experiência sexual seja agradável e satisfatória.

Parte da criação de um ambiente seguro e confortável para que relações sexuais aconteçam vem do desejo dos envolvidos no processo. No entanto, estudos estimam que quatro em cada 10 mulheres adultas sejam impactadas por disfunções sexuais como baixa libido ou dor durante o coito.

“É importante pensarmos na relação sexual de duas maneiras interligadas: a de procriação e a de prazer. Dentro deste contexto, o desejo sexual feminino pode sofrer várias interferências como sobrecarga (do trabalho e dentro do lar), a relação consigo mesma (autoestima), o nível de interação e relação com o seu parceiro. Além desses aspectos, precisamos ficar atentos à parte fisiológica dessa mulher, se existe alguma alteração hormonal, como está o metabolismo e se seus exames estão em dia”, explica Jamile Jaber, psicóloga da Genesis – Centro de Assistência de Reprodução Humana.

Causas e sintomas – A disfunção sexual feminina e masculina pode ser causada por diversos fatores de saúde, psicológicos, e biológicos. Não existe resposta certa ou errada, e a própria pessoa deve ficar atenta a si mesma e a como seu corpo e mente reagem ao pensar sobre ou engajar em atividade sexual.

De acordo com especialistas, contudo, a disfunção sexual feminina é geralmente decorrente do distúrbio do desejo (transtorno do desejo sexual hipoativo), excitação (disfunção da excitação sexual), orgasmo (disfunção do orgasmo) ou dor (disfunção da dor genito-pélvica).

Entre fatores de saúde e psicológicos estão depressão, transtornos de ansiedade, hipertensão arterial e diabetes. O diabetes pode levar ao aumento de triglicerídeos e do colesterol, que, por sua vez, pode aumentar a vascularização da genital masculina e feminina.

“Sabe-se que a ansiedade pode contribuir com a infertilidade e afeta diretamente o emocional dos pacientes envolvidos, sobretudo a mulher que está passando por esse processo. Se durante o processo da reprodução algo falha ou não sai como o esperado, é possível que o quadro de ansiedade, baixa autoestima, sentimentos de desqualificação aumentem e consequentemente a libido fique prejudicada, causando a disfunção sexual”, explica Jamile.

O uso de medicamentos como anticoncepcionais, antidepressivos, antipsicóticos e para distúrbios de tireoide ou para emagrecimento também podem estar por trás da disfunção sexual feminina. Isso não significa que são vilões, mas que é necessário conversar com um profissional especializado que orientará a paciente a usar o que for melhor para seu quadro de forma personalizada.

Outras condições que também interferem são questões financeiras, relações abusivas e traumas, abusos sexuais, uso de álcool e outras drogas, repreensão moral e conservadora.

Felizmente, existe uma gama de profissionais de diversas áreas – psicologia, sexologia, educação sexual, fisioterapia, entre outros – que podem orientar a conduta mais adequada a cada caso. Isso deve ser feito em paralelo a um constante trabalho de autoconhecimento que passa por entender o próprio corpo e a própria mente.

Fique atenta a seu corpo e não hesite em conversar com um profissional sobre suas percepções. “É um trabalho multidisciplinar e precisa do olhar atento e integrado de toda a equipe que cuida dessa paciente. Caso a mulher esteja com a libido baixa, falta de vontade ou outro sintoma de disfunção sexual, ela deve procurar apoio psicológico e compartilhar a situação com seu médico de confiança”, finaliza Jamile.

Por Gabriela Brito Conversa | Estratégias de Comunicação Integrada