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Outubro Rosa: a maternidade possível para além do câncer de mama

Outubro Rosa marca o mês da conscientização sobre o câncer de mama, o tipo de câncer que mais acomete mulheres no mundo. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), apenas em 2021, tem-se a estimativa de 66.280 novos casos no Brasil.

Além disso, a doença tem alta taxa de mortalidade, principalmente em países em desenvolvimento. De acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer de 2019, foram registradas 18.295 mortes, sendo 18.068 mulheres e 227 homens – embora bastante raro, o câncer de mama afeta em torno de 1% de pessoas do sexo masculino.

Câncer e fertilidade – O diagnóstico de câncer não significa o fim do sonho de ter um bebê. Felizmente, a medicina atual tem avançado progressivamente na descoberta de tratamentos mais eficazes contra a doença. Quanto mais cedo administrados, mais aumentam as chances de cura. O tratamento do câncer de mama depende do estágio da doença e do tipo do tumor. Contudo, é importante ressaltar que esses tratamentos – como a radioterapia e a quimioterapia – podem levar à infertilidade.

É aí que entram técnicas de reprodução assistida como o congelamento de óvulos. Ao receber o diagnóstico de câncer, deve-se buscar assistência profissional especializada para congelá-los. Idade, função ovariana, reserva folicular e o tempo disponível até o início do tratamento quimioterápico são alguns fatores que influenciam na fertilidade da mulher.

Primeiro, é feita uma estimulação do ovário com hormônios. Em seguida, os óvulos são captados e congelados por vitrificação, processo em que são tratados com substâncias crioprotetoras e imersos em nitrogênio líquido a uma temperatura de 196 °C abaixo de zero.

Além do congelamento de óvulos, as principais técnicas para preservação de fertilidade são o congelamento de embriões e, no caso de pacientes masculinos, de espermatozoides. Todos são realizados por vitrificação.

Sintomas e causas – Quanto mais a mulher desenvolver o hábito de conhecer o próprio corpo, maiores as chances de detectar algum sinal que fuja ao padrão. No caso do câncer de mama, ter o hábito de tocar as mamas em momentos que se sentir confortável e ficar atenta a possíveis sintomas.

De acordo com o Inca, caroços fixos e geralmente indolores são a principal manifestação da doença, presente em cerca de 90% dos casos. Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo), pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço e saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos também são alguns dos sinais de câncer de mama.

Prevenção – Além do conhecimento sobre o próprio corpo, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser prevenidos adotando hábitos como a prática regular de atividade física, o cuidado em ter uma alimentação saudável e balanceada de acordo com seu organismo, evitando cigarro e bebida alcoólica, e, para quem já possui filhos, amamentando o máximo de tempo possível o seu bebê.

Detecção precoce – O Ministério da Saúde recomenda que a mamografia seja oferecida a mulheres com idade entre 50 e 69 anos e que o exame seja realizado a cada dois anos. A atenção a sinais do próprio organismo, contudo, é fundamental. Acompanhamento médico regular e consultas periódicas com uma ginecologista são também indispensáveis para garantir a saúde reprodutiva. Esta cartilha do Inca em parceria com o Ministério da Saúde contém explicações didáticas e detalhadas sobre tudo isso.

 

Por Gabriela Brito Conversa | Estratégias de Comunicação Integrada