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Especialistas voltam a citar disfunção erétil como possível sequela de covid-19

Após um ano e meio de pandemia, diversas pesquisas foram realizadas para avaliar impactos e possíveis sequelas da covid-19 no organismo humano. Uma delas é a disfunção erétil, sobre a qual já conversamos por aqui nesta matéria do ano passado e que foi novamente abordada nesta pesquisa publicada no World’s Journal of Men’s Health em maio deste ano.

A disfunção erétil pode ocorrer devido à ação do novo coronavírus nos vasos sanguíneos. Ela acontece quando o homem não consegue sustentar uma ereção. O estudo do World’s Journal of Men’s Health é o primeiro a demonstrar, também, que o vírus da covid-19 pode permanecer no pênis durante mais tempo após a pessoa ter sido infectada. Além disso, foi sugerido que os danos causados pelo novo coronavírus nas células do endotélio (revestimento interno dos vasos sanguíneos) peniano podem causar disfunção erétil.

“Esse não parece ser o único mecanismo envolvido na disfunção, pois a redução da capacidade ventilatória, a debilidade física e o comprometimento emocional também podem estar associados. É importante que, caso o homem venha a apresentar quadro de disfunção erétil no período de recuperação da covid-19, procure um urologista para um correto diagnóstico e instituição de tratamento adequado para recuperação de sua saúde sexual”, orienta Joseph Monteiro, urologista da Genesis.

Apesar de pesquisas científicas apontarem a possibilidade da disfunção, ainda são necessários estudos futuros para avaliar como, de fato, a infecção por covid-19 causa a condição.

Covid-19 e sequelas – Segundo um estudo publicado na revista científica The Lancet em julho deste ano, para quem teve casos mais sérios e duradouros, a chamada “covid longa”, as consequências podem ser graves, associadas a complicações neurológicas e capacidade reduzida de cuidar de si.

“Inicialmente considerada como uma pneumonia, hoje já sabemos que a via respiratória é a porta de entrada, mas que a patogenia é bem mais complexa, sendo que em sua evolução temos uma fase infecciosa com a invasão e replicação viral, seguida das fases inflamatória e trombogênica, onde há comprometimento pulmonar e vascular significativo”, explica Joseph.

Infertilidade masculina – Embora pouco discutida, a infertilidade masculina é responsável por 30% dos casos de insucesso de gravidez entre casais.

De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, as causas mais comuns são: fatores genéticos, fatores hormonais, infecções, varicocele (doença que causa dilatação anormal das veias dos testículos), obstrução do canal por onde passam os espermatozoides e criptorquidia (testículos que não desceram). Outras causas incluem radioterapia, quimioterapia, doenças neurológicas, diabetes, traumas testiculares, drogas e infecções sexualmente transmissíveis.

A avaliação de um profissional é fundamental para descobrir a causa e sugerir o tratamento mais adequado. Dependendo do diagnóstico, a reprodução assistida entra como excelente alternativa.

Por Gabriela Brito Conversa | Estratégias de Comunicação Integrada