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Antes de ter um bebê, cuide de você: práticas de autocuidado para futuras mamães

É chegado o Setembro Amarelo, mês da campanha nacional de prevenção ao suicídio organizada desde 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM). No dia 10 de setembro também comemora-se o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Só em 2020, 12.895 pessoas no Brasil tiraram a própria vida, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Os motivos são variados e específicos ao contexto de cada pessoa, mas há fatores macroestruturais que podem potencializar a decisão, e a saúde mental tem papel central nisso. A pandemia teve forte impacto na saúde mental em nível global. O Brasil, por exemplo, caiu 12 posições no ranking de felicidade em um ano, conforme o nono Relatório da Felicidade Mundial, elaborado pelo Instituto de Pesquisas Gallup em parceria com a ONU.

Assim, torna-se ainda mais relevante a discussão sobre a importância de cuidarmos de nossa mente e do nosso bem-estar com o máximo de cautela e atenção. Isso vale para qualquer pessoa, em qualquer contexto, mas é ainda mais relevante para quem deseja dar o decisivo passo de ter um bebê. Afinal, há aspectos psicológicos, hormonais e físicos envolvidos na tentativa de engravidar. Separamos alguns pontos importantes que merecem atenção caso seja sua situação.

Aspectos psicológicos – Ao se preparar para a jornada de tentar ter um bebê, seja em casal ou por meio de gestação solo, é preciso ter o máximo de informações sobre todo o processo antes, durante e depois da gestação. “O antes é um processo de espera, angústia, incertezas. Tanto na gravidez natural quanto na reprodução assistida, a pessoa deve se informar sobre os passos, os ciclos e o que pode acontecer durante esse momento. Um acompanhamento psicológico perinatal/puerperal é bem-vindo nessa hora”, explica Jamile Jaber, Psicóloga Clínica (CRP 01-21656) que atende no Centro de Reprodução Assistida Genesis.

Que tipo de acompanhamento deve ser feito?
O primeiro é o acompanhamento médico para garantir a saúde da mãe e do bebê. “No caso de tentantes (quem está tentando engravidar), ter contato com gestantes e pais são boas ferramentas para que as experiências possam ser compartilhadas. Sessões de psicoterapia individual ou do casal com psicólogos podem auxiliar também”, complementa Jamile.

Como abordar o assunto de acompanhamento psicológico?
O médico, durante a escuta e acolhimento das pacientes, pode identificar essa demanda e encaminhá-las para os atendimentos específicos. “Essa identificação requer atenção à fala do paciente: se apresenta conflitos familiares, conflitos entre o casal, como está o estado emocional da pessoa, se está com tristeza profunda, sem expectativas”, explica.

Por meio da psicoterapia, com a escuta do profissional e o acolhimento da paciente, devem ser trabalhados temas como a angústia da incerteza do tratamento, as expectativas criadas, a relação do casal, as cobranças de familiares e quaisquer outros pontos que a pessoa trouxer que possam ser relevantes de acordo com a avaliação do profissional.

Acolhimento no Genesis – O médico responsável pelo tratamento, ao diagnosticar qualquer tipo de sofrimento na paciente, conflito entre o casal ou outro fator relevante, encaminha para a psicóloga. A própria paciente também pode solicitar ao médico. “No Genesis, além de acolher as pacientes que estão com dificuldades no tratamento, no relacionamento e com conflitos resultantes dessas questões, também forneço os laudos psicológicos que são exigidos para os diversos tratamentos oferecidos pela clínica. Se o paciente desejar, também é oferecido a psicoterapia, com sessões semanais”, explica Jamile. A primeira sessão é de avaliação ou anamnese e dura entre 40 e 50 minutos. As sessões são semanais, com horário marcado.

Aspectos hormonais – Durante os tratamentos de reprodução assistida, ficam evidentes as oscilações do humor. “Essas alterações não influenciam na chance de sucesso do tratamento. Entender o porquê delas existirem é o primeiro passo para não se preocupar com elas”, tranquiliza Natália Paes Barbosa, ginecologista do centro Genesis.

“Estudos sugerem os estrogênios como responsáveis pelo aumento da liberação de serotonina e catecolamina, substâncias conhecidas pelas sensações de bem-estar, euforia e ansiedade. Por outro lado, inversamente aos estrogênios, a progesterona atua aumentando a atividade da enzima que metaboliza as substâncias mencionadas acima, produzindo efeito depressivo”, explica.

Por isso é importante manter um acompanhamento constante para avaliar o estado físico e mental da paciente.

Aspectos físicos – Exercícios físicos podem ser benéficos para a fertilidade, embora não exista nenhum exercício capaz de aumentá-la. “Na fertilidade, o exercício físico equilibrado tem papel muito importante porque ajuda a regular o metabolismo, a quantidade de gordura corporal e a circulação sanguínea, influenciando a produção dos nossos hormônios, melhorando a ovulação e a produção de espermatozoides. Também é importante lembrar que, para mulheres acima do peso, a perda de peso ajuda a evitar doenças como hipertensão e diabetes na gestação”, explica a ginecologista e obstetra da Genesis Elielma Ferreira.

Por Gabriela Brito Conversa | Estratégias de Comunicação Integrada