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Estimulação ovariana pode levar à menopausa prematura?

Tratamentos de reprodução assistida ajudam na realização do sonho de gravidez quando vias naturais não dão resultado. Para isso, é necessário que a pessoa passe por estimulação hormonal para obter os óvulos necessários. Mas será que esse processo interfere no ciclo menstrual natural, podendo levar à menopausa?

“Durante os tratamentos de inseminação artificial (IA) e fertilização in vitro (FIV), a mulher usa medicamentos hormonais para estimular a maturação de folículos (estruturas funcionais dos ovários que armazenam e liberam os óvulos) com o objetivo de obter um número maior de óvulos maduros em um único ciclo”, explica a ginecologista da Genesis, Natália Paes Barbosa.

Apesar desse estímulo, Natália explica que não existe relação entre estimulação ovariana e menopausa precoce. “Os medicamentos utilizados promovem o crescimento dos folículos recrutados naquele ciclo e que seriam perdidos, independentemente de tratamento de reprodução assistida, gestação, uso de anticoncepcional ou não”, detalha.

Como funciona a estimulação hormonal – Na IA, busca-se a formação de no máximo 3 folículos maduros. A ovulação é induzida e o sêmen é preparado e depositado dentro do útero. O encontro do óvulo e do espermatozoide ocorre na trompa, de forma natural. Na FIV, espera-se a maturação de um número maior de folículos e óvulos, que serão captados por meio de punção e aspiração guiada por ultrassom e fertilizados no laboratório.

“O uso dos hormônios é iniciado, de forma geral, logo após o começo da menstruação. Medicamentos são mantidos até o diagnóstico de gestação e suspensos caso o resultado seja negativo. Não há interferência significativa no ciclo menstrual natural. Quando o resultado é negativo, espera-se que a menstruação ocorra alguns dias após a suspensão das medicações”, adiciona Natália.

Menopausa – A menopausa ocorre quando os ovários praticamente param de produzir hormônios e é confirmada após 12 meses de ausência de menstruação. “Já a menopausa precoce é o fim da menstruação antes dos 40 anos de idade. Entre suas diversas causas, podemos destacar fatores genéticos, doenças autoimunes, distúrbios metabólicos, infecções virais, quimioterapia, radioterapia, tabagismo e cirurgias dos ovários”, diferencia a ginecologista.

Acompanhamento médico constante com uma equipe multiprofissional é fundamental para um diagnóstico acurado. A partir dele, o profissional responsável indicará o tratamento mais adequado a cada situação.

Por Gabriela Brito Conversa | Estratégias de Comunicação Integrada