A maternidade tem ganhado novos significados e cada vez mais a gravidez tardia tem feito parte da escolha das famílias brasileiras. Um retrato claro disso está nos números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo o qual mais de 106 mil brasileiras com mais de 40 anos tornaram-se mães em 2022. Isso representa um aumento de 65,7% em relação a 2010. A escolha pela gravidez tardia reflete uma mudança de comportamento que acompanha transformações sociais e avanços tecnológicos.
De acordo com a ginecologista e especialista em reprodução humana do Centro de Assistência em Reprodução Humana – Genesis, Dra. Maria Eduarda Amaral, a gestação pode ser considerada tardia após os 35 anos de idade. “A decisão de adiar a gravidez está cada vez mais ligada a fatores como o foco na carreira, o desejo de estabilidade financeira e emocional, além do maior acesso aos métodos contraceptivos”, explica.
Apesar de ser uma tendência crescente, tal escolha exige atenção redobrada. Com o passar do tempo, a reserva ovariana feminina diminui tanto em quantidade quanto em qualidade. “Ao contrário dos homens, que produzem espermatozoides continuamente, as mulheres já nascem com todos os óvulos que terão durante a vida. Com o tempo, esses óvulos envelhecem. Isso aumenta os riscos de complicações na gravidez, como abortos espontâneos e alterações cromossômicas”, ressalta a Dra.
No entanto, a especialista reforça que idade não é o único fator determinante. “O estilo de vida saudável é muito importante para quem planeja uma gestação tardia, pois fatores externos como tabagismo e obesidade podem acentuar ainda mais a perda de qualidade dos óvulos”, avalia a médica.
Nesse contexto, o acompanhamento médico especializado e a realização de exames pré-concepcionais tornam-se fundamentais. “É preciso cuidar da saúde física e emocional. Alimentação equilibrada, prática de exercícios e abandono de hábitos prejudiciais são atitudes que contribuem diretamente para uma gestação mais segura”, orienta a Dra. Maria Eduarda.
Para quem deseja postergar a maternidade, o planejamento reprodutivo e a reprodução assistida surgem como aliadas. Uma das principais alternativas é a criopreservação, isto é, o congelamento de óvulos para uso futuro. “Trata-se de um recurso importante, especialmente para quem quer ter alguma possibilidade de ser mãe mais tarde, sem depender exclusivamente da sorte”, afirma.
O procedimento, também conhecido como congelamento social, é regulamentado no Brasil e pode ser feito por qualquer mulher que deseje planejar a maternidade. A técnica também é essencial para pacientes oncológicos, que podem preservar seus gametas antes de iniciarem tratamentos que afetam a fertilidade.
Com mais de três décadas de atuação, o Centro Genesis é referência nesse campo, oferecendo tecnologia de ponta e atendimento humanizado. “Nosso objetivo é acolher cada mulher em sua jornada única, oferecendo informações, suporte e as melhores alternativas disponíveis. A maternidade pode acontecer em diferentes momentos da vida, e o mais importante é que cada escolha seja feita com consciência e apoio”, conclui a ginecologista.