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Médica da Genesis é premiada em Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida

A ginecologista do programa de estágio avançado da Genesis Maria Eduarda Amaral recebeu o prêmio de melhor pôster científico no XXIII Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida (CBRA 2019), realizado entre os dias 31/7 e 3/8, em Curitiba.

O tema foi o resumo de uma pesquisa sobre más respondedoras – termo associado à baixa produção de óvulos – que Maria Eduarda vem conduzindo desde sua residência em Ginecologia Obstetrícia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), concluída no ano passado.

No pôster, a ginecologista apresentou os resultados da análise de 169 casos de pacientes divididas em dois grupos: as que tiveram uma má resposta à estimulação ovariana, com um número menor ou igual a 3 óvulos captados, e aquelas que tiveram um número maior ou igual a 10 óvulos, considerado uma boa resposta.

Os resultados permitiram concluir que o número de óvulos é um fator determinante para o resultado do ciclo de reprodução assistida e deve ser otimizado para aumentar as chances de sucesso.

“Ao comparar os resultados, vi que as pacientes com um número menor de óvulos tiveram um ciclo mais curto, com nível menor de estradiol e endométrio mais fino ao final do estímulo, e percebi que formaram menos embriões”, explica Maria Eduarda. “As pacientes com menos óvulos apresentam piores resultados, com menor taxa de gestação clínica” complementa.

Más respondedoras – Em um ciclo de fertilização in vitro (FIV), normalmente é realizada uma estimulação ovariana para obter um desenvolvimento folicular múltiplo e, assim, conseguir óvulos para fertilização. É esperado que se consiga ao menos um embrião de boa qualidade para ser transferido e dar início à gestação.

Uma parcela de mulheres que recorrem à FIV, no entanto, produz um número baixo de folículos mesmo recebendo as doses corretas de medicação. Esse desempenho inferior as classifica como más respondedoras.

Pesquisa – Além do pôster, a pesquisa rendeu um artigo em revista internacional e serviu de base para o mestrado que Maria Eduarda cursa atualmente na USP sob orientação do doutor Pedro Monteleone. 

O artigo foi uma revisão sistemática sobre fatores de risco para má resposta ovariana à estimulação em ciclos de FIV. Foi descrita a associação entre os seguintes fatores com uma má resposta: ciclos menstruais curtos, endometrioma, idade, tratamento quimioterápico prévio, cirurgias ovarianas anteriores e exposição a contaminantes ambientais. 

“Neste ano, estou ampliando a coleta dos dados para todos os ciclos de FIV realizados  entre 2015 e 2018. Em seguida, vou agrupá-las de acordo com uma classificação prognóstica chamada Poseidon”, detalha Maria Eduarda. 

Surgida em 2015, Poseidon (Patient-Oriented Strategies Encompassing Individualized Oocyte Number) é uma classificação que categoriza pacientes em grupos específicos que têm risco de ter uma má resposta à estimulação ovariana. “A proposta do meu mestrado é verificar as diferenças existentes nesses grupos”, explica.

A pesquisa apresentada no CBRA 2019 foi conduzida no Centro de Reprodução Humana Governador Mário Covas, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Contou com a ajuda e coautoria do professor Dr. Edmund Chada Baracat – professor titular da disciplina de Ginecologia do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da FMUSP – do Dr. Pedro Monteleone, orientador de mestrado de Maria Eduarda –, do Dr. Dani Ejzenberg, do Dr. José Maria Soares Júnior e do Dr. Paulo Serafini.

Por Gabriela Brito Conversa – Estratégias de Comunicação Integrada