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Equipe médica da Genesis participa do XXIII Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida

Membros da equipe médica da Genesis participaram do XXIII Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida (CBRA 2019), em Curitiba, incluindo os quatro sócios, Dr. Adelino Amaral, Dr. César Barbosa, Dr. Rubens Iglesias e Dra. Hitomi Nakagawa. Ao todo, quatro membros da equipe foram palestrantes no evento.

Representando a Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (RedLara), o Dr. Adelino conduziu as palestras no painel “Gamete Day”. “Foi uma imersão sobre espermatozoides e óvulos”, explica. Nas apresentações, discutiu-se diferentes aspectos do gameta masculino – como técnicas de análise de seleção espermática, espermatogênese e infertilidade masculina – e do feminino – como métodos alternativos para preservação de fertilidade na mulher, desenvolvimento folicular e sua associação com a maturação oocitária.

O Dr. César Barbosa participou de um painel sobre indução de ovulação e abordou o tema com foco em más respondedoras, termo associado à baixa produção de óvulos. A condição atinge mulheres de todas as idades e pode ser agravada por fatores como endometriose, cirurgias invasivas, cigarro e outros hábitos menos saudáveis.

“Cerca de 10 a 15% da população feminina tem dificuldade para engravidar e, por isso, vai em busca de tratamentos. Esses tratamentos envolvem estimulação ovariana para fazer fertilização in vitro, por exemplo”, explica dr. Barbosa.

A ginecologista Marina Paes ministrou uma palestra sobre qual a melhor progesterona para suporte da fase lútea. Nos ciclos de fertilização in vitro (FIV), há um defeito na produção de progesterona, necessária para a implantação do embrião e manutenção da gravidez inicial. A Dra. Paes explica que “após a captação dos óvulos é recomendada a reposição desse hormônio para corrigir essa falha. Mas ainda não há um consenso sobre qual é a melhor progesterona e sobre a duração ideal de seu uso”.

Existem diferentes formas de administração: injeção intramuscular, vaginal e oral. Todas possuem eficácia semelhante e o que determina a escolha é, de acordo com a indicação médica, a facilidade de uso, preço e a preferência da paciente.

O início normalmente é no dia da captação ou no seguinte. A duração de uso ainda varia muito entre os centros de reprodução do mundo. A progesterona pode ser suspensa desde o dia do teste de gravidez até o período de 8 a 10 semanas de idade gestacional.

A Dra. Hitomi Nakagawa participou de um workshop de ginecologia sobre como conduzir pacientes na nova era da reprodução. Sua apresentação foi sobre falha repetida de implantação embrionária – quando o embrião não consegue se firmar no endométrio, membrana que reveste a cavidade interna do útero. Ela detalha que, atualmente, os avanços tecnológicos promovem a realização de uma biópsia eficaz que permite a seleção dos embriões mais saudáveis mas, ainda assim, cerca de 40% a 50% deles não conseguem se implantar no útero. “Acredita-se que isso aconteça devido à constituição do endométrio, um tecido bastante dinâmico e complexo”, acrescenta.

Para Robert Edwards, embriologista criador da fertilização in vitro e considerado “pai” do primeiro bebê de proveta, a falha de implantação embrionária é a última barreira a ser rompida na medicina reprodutiva.

A Dra. Nakagawa participou, ainda, da transmissão ao vivo e inédita de uma sessão interativa do Journal Club Global durante a programação do CBRA 2019. Foi a primeira sessão interativa do periódico a ser transmitida em um congresso no Brasil. Os profissionais debateram sobre “Receptividade endometrial: avaliação, indução e inibição” e foram conduzidos por Kurt Barnhart, editor da Fertility and Sterility, uma das revistas mais importantes na medicina reprodutiva.

O Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida é um dos maiores eventos da América Latina para profissionais e interessados na área. Cerca de 180 especialistas nacionais e internacionais trocaram experiências sobre os avanços e desafios da reprodução assistida na 23ª edição do evento este ano, realizado de 31 de julho a 3 de agosto.

Ao longo dos quatro dias de encontro, os profissionais discutiram, entre outros temas, congelamento de óvulos, embriões, tecido ovariano, gravidez tardia – depois dos 40 anos –, indução de ovulação e oncofertilidade – especialidade médica que busca preservar a fertilidade de pacientes com câncer que desejam ter filhos no futuro.

 

Por Gabriela Brito Conversa Coletivo de Comunicação Criativa